Foto: Reprodução / LinkedIn
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Carlos Eduardo Brandt, o servidor que liderou a criação do Pix, deixou o BC (Banco Central) após 23 anos para assumir um novo desafio no Fundo Monetário Internacional (FMI). Desde agosto, ele atua na área de pagamentos e infraestruturas de mercado, com a missão de ajudar o mundo a modernizar seus sistemas financeiros, usando a experiência brasileira como modelo.

A movimentação é simbólica: o Brasil, que até pouco tempo era visto como seguidor em tecnologia financeira, passou a ser referência global em inclusão, eficiência e inovação digital, segundo o “G1”.

O legado do Pix e o “laboratório Brasil”

O Pix completou cinco anos neste mês com números impressionantes: 161 milhões de usuários, R$ 85 trilhões transacionados desde 2020 e penetração de 93% da população adulta. Mais usado que o cartão de crédito, o sistema é hoje a face mais visível de um ecossistema mais amplo, que inclui Open Finance, o login unificado do gov.br e uma agenda digital coordenada entre governo, reguladores e mercado.

Relatórios como o da Valor Capital Group já tratam o Brasil como um “laboratório global de finanças digitais“. E Brandt, que em 2021 entrou na lista dos 50 nomes mais influentes do mundo pela Bloomberg, agora leva essa bagagem a escala internacional.

Do Pix ao Nexus: os próximos desafios

No FMI, Brandt trabalha com projetos como o Nexus, iniciativa do BIS para conectar sistemas de pagamento de diferentes países. A ideia é viabilizar transações instantâneas globais, uma espécie de “Pix internacional”. Ele também acompanha experiências com moedas digitais de bancos centrais (CBDCs), outra fronteira promissora.

O desafio, segundo ele, está na complexidade técnica, regulatória e política de operar entre sistemas, moedas e legislações diferentes. Mas o convite do FMI deixou claro: o mundo quer entender como o Brasil conseguiu.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.