O Banco Central reafirmou a segurança do Pix após os incidentes recentes envolvendo ataques cibernéticos a instituições financeiras. Segundo Rodrigo Alves Teixeira, diretor de Administração do BC, os problemas decorreram de vulnerabilidades das próprias instituições e de Provedores de Serviços de Tecnologia da Informação (PSTIs), e não de falhas no sistema da autarquia.
Teixeira destacou que o BC tem reforçado a regulação e a fiscalização sobre segurança digital, ampliando as exigências para os participantes do Pix e seus provedores tecnológicos.
“Não houve nenhuma falha nos sistemas do Banco Central. Os ataques ocorreram por falhas das próprias instituições e, muitas vezes, dos PSTIs. Por isso, estamos reforçando as regras de segurança e intensificando a supervisão para garantir o cumprimento das normas”, afirmou Teixeira, segundo o “InfoMoney”.
Durante palestra no Festival Curicaca 2025, em Brasília, o diretor enfatizou que a infraestrutura do Pix foi projetada desde o início para ser extremamente segura e que essa robustez vem se comprovando na prática. Teixeira também classificou o sistema como um exemplo de inovação pública que promove eficiência e inclusão financeira, destacando seu papel central no Sistema Financeiro Nacional (SFN).
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Embora o Pix seja a iniciativa mais popular do Banco Central, Teixeira lembrou que a autarquia trabalha em outras frentes de inovação, como o Open Finance e o Drex, cuja previsão de lançamento é 2026. Ele afirmou que “o Banco Central cria uma infraestrutura pública, uma estrada e pontes, para que o setor privado possa inovar sobre ela, desenvolvendo novas soluções e ampliando o alcance dos serviços financeiros.”
O diretor também respondeu às críticas recentes do governo dos Estados Unidos, que apontaram o Pix como uma ferramenta de competição estatal com o setor privado. Teixeira refutou a interpretação, dizendo que “é falsa a ideia de que o Pix foi criado para competir com o setor privado. Muito pelo contrário, ele é uma grande inovação que permite que as empresas desenvolvam novas soluções sobre uma base pública segura e interoperável.”
Segundo o BC, o Pix continua sendo uma plataforma essencial para a modernização do sistema financeiro, sustentando o avanço da digitalização e a criação de novos produtos financeiros com maior alcance e segurança.
Editor-chefe
Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.
