Foto: Divulgação
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A Mastercard está em negociações avançadas para adquirir a Zerohash, empresa de infraestrutura cripto, por um valor que pode chegar a US$ 2 bilhões, segundo apuração da “Fortune“. Se confirmada, a compra ampliaria a atuação da gigante dos cartões no universo de stablecoins e liquidação de ativos digitais, e sinaliza que a disputa pela camada de infraestrutura do setor está esquentando.

A Zerohash fornece soluções white-label de custódia, liquidez, negociação e compliance para empresas que desejam oferecer serviços cripto a seus clientes. Entre os parceiros atuais, estão bancos, plataformas de investimento e emissores de cartões.

Mastercard acelera após perder disputa pela BVNK

A negociação surge semanas após a Mastercard perder a disputa pela BVNK, outra plataforma de infraestrutura cripto — dessa vez, para a Coinbase. O movimento pode ser visto como uma resposta estratégica: se não levou a BVNK, mira agora em um player consolidado nos Estados Unidos e com clientes como Morgan Stanley e E*Trade.

A Zerohash levantou recentemente US$ 104 milhões em rodada liderada por grandes instituições, e tem ganhado força como facilitadora técnica para bancos e plataformas que buscam operar com criptoativos sem montar estruturas próprias.

Embora ainda não haja confirmação oficial, fontes apontam que um acordo pode ser fechado nas próximas semanas. Caso a compra se concretize, será mais um passo da Mastercard para ancorar stablecoins e tokens de forma regulada e integrada aos sistemas tradicionais de pagamento.

A gigante já opera com programas-piloto de stablecoins em diversas regiões e tem buscado parcerias que conectem o sistema bancário à Web3 de forma segura e compatível com as exigências regulatórias.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.