Foto: Reprodução
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Um novo sistema lançado nas Filipinas permite que funcionários e contratados recebam diretamente em stablecoins, como USDC, e convertam o valor para a moeda local (PHP) em qualquer banco ou wallet digital, sem taxas extras ou atrasos internacionais.

A tecnologia conecta infraestruturas de pagamento on-chain com sistemas locais de saque e conversão, eliminando o atrito entre o mundo cripto e o sistema bancário tradicional. Para empresas nativas de blockchain (ou com parte do time fora do país de origem), isso resolve um problema antigo: como usar ativos digitais do próprio caixa para remunerar talentos globais de forma eficiente e regulada.

Como funciona

A operação funciona assim: a empresa envia stablecoins via blockchain para a infraestrutura da folha de pagamento. Os tokens são liquidados em tempo real e convertidos automaticamente em moeda local, com crédito instantâneo para contas ou wallets locais como GCash, GrabPay ou via transferências como Instapay e Pesonet.

A plataforma ainda permite escolher entre enviar diretamente stablecoins para o colaborador (com saque posterior) ou converter o valor para a moeda local antes do envio, ampliando o controle de tesouraria e a personalização da remuneração.

Mais acesso, menos fricção

Além da eficiência, o modelo também ataca a exclusão bancária e a rigidez dos sistemas tradicionais. Quase todos os adultos filipinos têm acesso a contas digitais, e o sistema cobre integralmente a malha financeira do país. Tudo isso com liquidação on-chain, sem câmbio oculto ou tarifas bancárias internacionais.

Enquanto stablecoins ganham espaço como ativo de tesouraria, soluções como essa apontam para um futuro em que a folha de pagamento será global, instantânea e nativa em blockchain, mas com cara e fluidez de pagamento local.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.