Foto: Reprodução / Livecoins
Foto: Reprodução / Livecoins

A Visa está convencida de que as stablecoins não são apenas meio de pagamento, são o alicerce de um novo mercado de crédito. Em relatório divulgado nesta semana, a gigante dos pagamentos afirma que empréstimos on-chain, impulsionados por stablecoins, já movimentaram US$ 670 bilhões nos últimos cinco anos. Só em agosto foram US$ 51,7 bilhões.

O modelo se apoia em contratos inteligentes que automatizam taxas de juros conforme oferta e demanda, com liquidação quase instantânea e sem fronteiras. É um crédito que nunca fecha, sem agências nem horários, e com estabilidade de moeda fiduciária embutida.

Stablecoins e contratos inteligentes criam nova infraestrutura
Na visão da Visa, a combinação entre stablecoins e smart contracts está reinventando a intermediação financeira. O resultado é um sistema mais transparente, acessível e global — um mercado de capitais aberto 24/7, onde qualquer usuário com internet pode emprestar ou tomar emprestado.

A empresa também projeta que, na próxima década, ativos tradicionais tokenizados destravarão novas garantias; identidades on-chain viabilizarão empréstimos com menos colateral; e criptos como lastro impulsionarão formas inéditas de crédito digital.

Visa se posiciona como ponte entre DeFi e finanças tradicionais

Enquanto o setor financeiro ainda debate os riscos do mundo on-chain, a Visa acelera para assumir o papel de tradutora entre os dois mundos. Além de atuar com parceiros em infraestrutura de stablecoins, a empresa já oferece consultoria em finanças on-chain, com estratégias de custódia, tesouraria e liquidez.

O CEO Ryan McInerney reforçou que a Visa está trabalhando com bancos para emissão de stablecoins próprias e quer capturar o potencial do dinheiro programável. A meta: consolidar um sistema mais ágil, interoperável e seguro e pavimentar o futuro do crédito digital, segundo informações do “PYMNTS”.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.