A Western Union anunciou oficialmente o desenvolvimento da sua própria stablecoin, denominada USDPT — sigla para U.S. Dollar Payment Token —, que será construída sobre a blockchain Solana e emitida pelo Anchorage Digital Bank. O lançamento está previsto para o primeiro semestre de 2026.
A USDPT permitirá aos usuários enviar, receber, gastar e manter o token em suas carteiras digitais, conforme a empresa. Paralelamente, a Western Union revelou a criação de uma “Digital Asset Network”, uma infraestrutura projetada para conectar o mundo de moedas fiduciárias ao dos ativos digitais, facilitando a conversão e a utilidade prática desses tokens.
“À medida que evoluímos para o espaço de ativos digitais, o USDPT nos permitirá exercer os efeitos econômicos ligados às stablecoins”, disse o CEO da empresa, Devin McGranahan, em comunicado.
A companhia também anunciou o desenvolvimento de uma rede de ativos digitais que conecta provedores de carteiras cripto às suas mais de 400 mil lojas físicas, ampliando o acesso de usuários fora da base tradicional, como destacou Devin McGranahan, presidente e CEO da Western Union, durante participação na Money 20/20. “A Digital Asset Network é a ponte entre a economia do dinheiro digital e a economia fiduciária.”
Notícias Relacionadas
Western Union escolhe Solana
Com histórico de mais de 150 anos nas remessas internacionais, a Western Union escolheu a Solana por sua alta performance e baixos custos de transação, fatores críticos para operações de pagamentos globais. A rede da empresa abrange mais de 200 países e utiliza agentes físicos em milhares de localidades, o que oferece uma ponte entre o digital e o presencial para conversão de moedas e ativos.
A iniciativa pode acelerar a adoção de stablecoins no setor de pagamentos, especialmente em mercados emergentes onde o envio de valores internacionais enfrenta barreiras de custo, liquidez e atraso. Ao emitir seu token, a Western Union também mira capturar novas fontes de receita, por meio de emissões, spreads de câmbio e taxas de liquidação digital.
Apesar de ambiciosa, a iniciativa ainda enfrenta obstáculos como aceitação dos usuários em carteiras digitais, aderência à regulamentação de stablecoins e concorrência com outros emissores e plataformas de pagamentos. A Western Union afirma que espera que a rede e o token estejam disponíveis para parceiros e usuários no primeiro semestre de 2026.
Editor-chefe
Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.
