Foto: Divulgação
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A Brex está dobrando a aposta no Brasil. A fintech, que surgiu no Vale do Silício com DNA brasileiro, acaba de inaugurar um novo escritório em São Paulo e quer fechar o ano com 200 colaboradores no país, o que representaria 20% do seu quadro global. Mais que operação, a meta é transformar o País em um hub estratégico de gente qualificada, inovação e produtividade.

O plano da Brex para conquistar talentos envolve mais do que contratações. A fintech tem se aproximado de universidades como USP, ITA e Insper por meio de hackathons, sessões informativas e programas de indicação. Dois terços das novas contratações no país vêm direto desses centros.

Discurso da Brex

O discurso é claro: atrair jovens com perfil técnico e visão de negócios. E mais: incentivar que eles criem suas próprias empresas no futuro. A cultura da Brex valoriza profissionais empreendedores e já viu mais de 100 ex-funcionários fundarem negócios próprios. O objetivo? Ser uma plataforma de aceleração de carreiras, não um destino final.

A expansão no Brasil acontece após um ciclo intenso de reestruturação global. Batizado de “Brex 3.0”, o processo durou 20 meses e incluiu corte de custos, foco em produtos e reorganização interna. Agora, com receita anualizada de US$ 700 milhões e crescimento de 50%, a empresa se considera pronta para escalar, inclusive com apoio da inteligência artificial.

A IA, no entanto, não vem para cortar pessoas. Segundo os executivos, a tecnologia será usada para acelerar desenvolvimento de produtos e ampliar a performance dos times. “A IA deve expandir os humanos”, afirmou Brian Klaja, diretor de operações da Brex, de acordo com o “Startups”.

O Brasil, por enquanto, segue fora do roadmap comercial. Mas, nos bastidores, já ocupa um espaço de protagonismo no futuro da companhia.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.