A Coinbase e a Mastercard estão em uma corrida para adquirir a BVNK, fintech britânica especializada em infraestrutura de pagamentos com stablecoins, segundo reportagem da Fortune. Fontes próximas à negociação afirmam que as conversas estão em estágio avançado, mas um acordo final ainda não foi fechado, segundo o “PYMNTS”.
De acordo com a publicação, a BVNK pode ser avaliada entre US$ 1,5 bilhão e US$ 2,5 bilhões, o que faria da operação a maior aquisição já registrada no setor de stablecoins, um segmento que vem despertando crescente interesse tanto de instituições financeiras tradicionais quanto de empresas de criptoativos.
Três das seis fontes consultadas afirmaram que a Coinbase está à frente no processo de licitação, embora a Mastercard continue no páreo. Caso uma das duas conclua a compra, o negócio pode redefinir o papel das stablecoins na infraestrutura financeira global.
BVNK se consolida como peça-chave nas finanças digitais
Fundada em Londres, a BVNK desenvolve soluções que permitem a empresas realizar e receber pagamentos com stablecoins atreladas a moedas fiduciárias, como o dólar americano. A fintech já processa mais de US$ 20 bilhões por ano para clientes corporativos e provedores de serviços de pagamento, incluindo Worldpay, Flywire e dLocal.
Notícias Relacionadas
A empresa anunciou recentemente um investimento do Citi Ventures, ainda sem valor divulgado, e seu cofundador Chris Harmse afirmou à CNBC que a avaliação da BVNK já supera os US$ 750 milhões registrados na última rodada de financiamento.
Uma eventual aquisição pela Coinbase reforçaria sua posição como líder em infraestrutura cripto institucional, enquanto um acordo com a Mastercard indicaria uma mudança estratégica da gigante de pagamentos rumo à integração de moedas digitais.
Segundo a Fortune, o interesse de ambos os lados reflete o momento de consolidação do setor e o reconhecimento de que as stablecoins estão se tornando parte essencial do sistema financeiro global — não apenas como ferramenta de liquidação de criptoativos, mas também como base para pagamentos instantâneos e interoperáveis.
Editor-chefe
Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.
