
A CredAluga deu um salto: em menos de um ano após sua rodada seed, a fintech captou R$ 60 milhões em Série A. O investimento, liderado pela Provence Partners, servirá para acelerar a expansão comercial e intensificar o uso de inteligência artificial nas operações, da análise de risco aos serviços nas imobiliárias parceiras, segundo o “Startups”.
A rodada envolveu também os fundos da seed (Caravela Capital, Honey Island by 4UM e Norte Ventures). Uma parcela significativa do aporte será dedicada ao crescimento da rede de imobiliárias, e outra ao desenvolvimento de novos produtos com IA. Atualmente, a CredAluga conta com cerca de 1,3 mil imobiliárias parceiras e já emitiu mais de 30 mil contratos de garantia locatícia (Fiança CredAluga e Fundo CredAluga).
“Estimamos que existam de 15 mil a 20 mil imobiliárias no país que queremos ter em nossa base. Queremos crescer dez vezes nos próximos 4 a 5 anos”, afirma o co‑CEO Daniel Santos.
Inovação com IA no núcleo da estratégia da CredAluga
A inteligência artificial já é parte da engrenagem interna: automação para verificação de documentos, análise de risco de inadimplência e bots de cobrança ajudaram a fintech a escalar sem elevar fortemente sua estrutura de equipe. Agora, o plano é estender tais tecnologias às imobiliárias parceiras — para verificação de contratos, gestão e eficiência operacional.
O Fundo CredAluga, criado em parceria com a fintech Kanastra, também faz parte da aposta. Com cerca de R$ 30 milhões sob gestão e aproximadamente 500 cotistas, a meta ambiciosa é atingir R$ 1 bilhão em aplicações até 2027.
Crescimento com pé no chão
Mesmo com duas rodadas em menos de um ano, a CredAluga acredita em ritmo sustentável. “Essa captação é suficiente para que não precisemos captar mais para sobreviver; se fizermos será para acelerar, não para manter o negócio”, diz o co-CEO. A ideia é evitar o modelo de startups dependentes de sucessivas rodadas de capital.
Para Provence Partners, o diferencial da CredAluga foi a excelência operacional e o foco em sustentabilidade e escalabilidade. “Um modelo aderente à realidade da inovação, sem distrações”, comentou Marcelo Mitre, sócio do fundo.
Em termos de produto, o foco será manter o hiperfoco no crédito para aluguel, conectando-se a CRMs e ERPs parceiros, sem se transformar num guarda-chuva de soluções. Segundo Daniel e seu sócio Guilherme Blumer: “Queremos ser os melhores no nosso nicho”.