A Crown, nova fintech brasileira focada em infraestrutura cripto, acaba de lançar a BRLV, uma stablecoin 100% lastreada em reais e garantida por títulos públicos. A estreia vem embalada por uma rodada seed de US$ 8,1 milhões e nomes de peso no board, incluindo o economista André Lara Resende como conselheiro estratégico.
Com mais de R$ 200 milhões já subscritos, a Crown entra no mercado com uma ambição clara: criar uma estrutura robusta para que instituições financeiras e empresas de tecnologia possam operar com ativos digitais de forma mais eficiente, regulada e integrada à liquidez local.
Crown mira posição de infraestrutura institucional
A proposta da Crown é resolver uma dor latente: o acesso eficiente e seguro ao real no ambiente digital. Para isso, a BRLV foi construída com foco institucional. O token poderá ser usado por plataformas de tokenização para automatizar liquidações, por fintechs para integrar carteiras digitais e por investidores qualificados em operações de carry trade, tudo com compliance e operação 24/7.
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O protocolo está alinhado às diretrizes do Banco Central para provedores de ativos virtuais (VASPs), e a estrutura permite até mesmo o compartilhamento de rendimentos das reservas (as LFTs) com parceiros. A ideia, segundo o CEO John Delaney, é transformar o real em uma moeda mais acessível e integrada ao mercado digital global.
Time experiente, capital forte e meta clara
A equipe fundadora reúne ex-Nubank, Xerpa, Pipo Saúde, Brainvest, Hashdex e grandes bancos globais como UBS e JP Morgan. Entre os investidores estão Coinbase Ventures, Valor Capital, Framework Ventures e Edward Wible, cofundador do Nubank, que também entra para o conselho.
A inspiração declarada? Ser a Circle do Brasil, referência global na emissão de stablecoins com a USDC. Segundo a Framework Ventures, o diferencial da Crown está em unir segurança regulatória com acesso às taxas de juros locais, criando uma infraestrutura que pode atrair volumes institucionais e aumentar a profundidade do mercado cripto brasileiro. Com informações do “Startups”.
Editor-chefe
Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.
