Manuel Beaudroit, cofundador e CEO da Belo | Foto: divulgação
Manuel Beaudroit, cofundador e CEO da Belo | Foto: divulgação

A fintech argentina Belo, criada em Buenos Aires em 2021, chega ao Brasil com sua carteira digital, ampliando seu escopo além da Argentina. A empresa construiu sua presença no mercado latino‑americano facilitando pagamentos via Pix, especialmente para turistas, e agora aposta que essa experiência pode conquistar brasileiros com suas soluções de câmbio e pagamentos internacionais.

Em 2024, a Belo processou mais de US$ 150 milhões em transações, boa parte gerada por brasileiros que usaram o app ao viajar à Argentina para pagar sem incidência de IOF. Esse histórico reforça a tese da empresa de que há demanda entre quem viaja, faz transações internacionais ou busca praticidade e economia em câmbio e pagamentos transfronteiriços.

Fintech inicia operação para se estabelecer no Brasil

Para se estabelecer no Brasil, a fintech iniciou uma operação local enxuta e aposta em crescimento orgânico. A estratégia inclui formar uma equipe estreita, reforçar presença em áreas turísticas e usar o “efeito de rede” para gerar adesão: muitos comércios já veem na Belo uma vantagem competitiva para atrair turistas e estrangeiros, segundo o “Startups“.

A meta da empresa é ambiciosa: alcançar cerca de 1 milhão de usuários no Brasil até o fim de 2026, juntando-se aos mais de 3 milhões de clientes que a fintech já possui na Argentina e em outros mercados da América do Sul. A expansão gradual e bem calibrada faz parte do plano, com possibilidade de dobrar ou triplicar a base em anos posteriores.

Se ganhar tração, a Belo pode se tornar uma alternativa interessante para brasileiros que buscam pagamentos internacionais, câmbio prático, viagens ou remessas, sem a burocracia dos bancos tradicionais. A aposta dela é na simplicidade e agilidade que o PIX e a carteira digital oferecem quando bem integrados ao mercado e à experiência do usuário.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.