Foto: Reprodução
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A Nequi, carteira digital com mais de 26 milhões de clientes na Colômbia, acaba de dar dois passos estratégicos: atingiu o ponto de equilíbrio em setembro e recebeu autorização da Superintendência Financeira para operar oficialmente como uma empresa de financiamento. A mudança eleva o status da fintech, que passa a ter maior independência do Bancolombia, seu parceiro original, embora ainda esteja ligada ao Grupo Cibest.

O licenciamento oficial representa mais do que uma conquista regulatória: é uma sinalização clara de maturidade operacional. O plano da Nequi agora é manter os resultados positivos e construir um modelo de crescimento sustentável em um dos mercados mais competitivos da América Latina, segundo o “LatamFintech”.

Fintech colombiana tem 1º lucro da história

O lucro em setembro foi o primeiro da história da Nequi, mas a empresa fez questão de deixar claro que não representa um trimestre inteiro de rentabilidade. Ainda assim, o avanço é simbólico, especialmente em um cenário em que muitas fintechs ainda enfrentam dificuldades para equilibrar crescimento com viabilidade financeira.

Segundo a empresa, a nova licença não altera a experiência do usuário. Os produtos, canais de atendimento e funcionalidades seguem como estão. A meta é ampliar a oferta de soluções financeiras com simplicidade e segurança, mantendo a identidade digital que popularizou a plataforma no país.

Cibest cresce junto

A conquista da Nequi ocorre paralelamente à divulgação dos resultados da holding Cibest, que reportou lucros de US$ 2,1 trilhões no terceiro trimestre e projeta chegar a US$ 5,7 trilhões em 2025. Com US$ 375 trilhões em ativos e patrimônio líquido em alta, o grupo se fortalece como um dos principais players do sistema financeiro colombiano.

Com a nova licença, a Nequi está oficialmente autorizada a jogar em outro nível. Agora, o desafio é manter o fôlego e os números positivos.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.