Daniel Ruhman, CEO e cofundador da Cumbuca | Foto: Reprodução / LinkedIn
Daniel Ruhman, CEO e cofundador da Cumbuca | Foto: Reprodução / LinkedIn

Depois de seis anos tentando escalar um app de finanças pessoais, a Cumbuca pivotou com força. A fintech encerrou sua operação B2C, tirou licença de ITP (Iniciador de Transação de Pagamento) e agora atua como proxy regulado para empresas que querem operar diretamente no Open Finance brasileiro sem atalhos, abstrações ou APIs limitadas.

O modelo mira companhias que buscam controle total sobre a experiência de pagamento, com infraestrutura própria e padrões customizados de segurança e compliance. A Cumbuca entra com o acesso regulatório e deixa o cliente livre para construir, segundo informações do “Startups”.

Mudança da fintech

A mudança não foi por modismo: foi por necessidade. A operação anterior não se sustentava, e a receita nunca superou os custos. Desde a virada para o modelo B2B, a empresa atingiu o breakeven, começou a gerar caixa e agora projeta fechar o primeiro ano com 10 clientes.

Atualmente, são cerca de cinco empresas, nacionais e internacionais, que usam a licença da Cumbuca como rota de entrada para o ecossistema de Open Finance brasileiro.

Open Finance no modo hard

Diferente de provedores que entregam APIs “prontas”, a proposta da Cumbuca é operar no “nível bruto”. O cliente acessa diretamente as APIs oficiais do Banco Central, sem camadas de abstração. Isso dá liberdade para criar produtos financeiros mais sofisticados e com alto grau de personalização.

A fintech também avalia expandir no futuro para rails fora do Open Finance, com a nova regulação de BaaS como possível catalisador. Mas, por enquanto, o foco está em iniciar pagamentos e iniciar uma nova fase para o sistema financeiro.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.