Foto: Divulgação
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A fintech Minha Escola está prestes a dar um novo passo em sua jornada no setor educacional: tornar-se o primeiro banco digital voltado exclusivamente para escolas, segundo informações do “Startups”.

Após participar do programa de aceleração Impulsiona Startups, da Serasa Experian, a empresa triplicou sua capacidade de crédito e já soma R$ 1,8 bilhão em concessões. O plano agora é lançar seguros educacionais em 2026 e ampliar seu portfólio de soluções financeiras para o ecossistema escolar.

Fintech aposta na inteligência financeira para escolas

Criada em 2019 por Vinícius Nunes, a Minha Escola nasceu como uma plataforma de gestão escolar e comunicação entre famílias e instituições de ensino. Mas a startup logo percebeu que o maior desafio das escolas de pequeno e médio porte não era pedagógico, e sim financeiro, marcado por altas taxas de inadimplência e dificuldade de acesso a crédito.

Com base em dados de pagamentos e comportamento financeiro, a empresa desenvolveu um modelo de crédito com juros reduzidos, em que as parcelas são descontadas diretamente do faturamento das escolas, reduzindo o risco de inadimplência. Esse modelo ajudou a fintech a crescer rapidamente e abrir espaço para novos produtos financeiros.

“Com a ajuda da Serasa, conseguimos entender que poderíamos melhorar nosso entendimento do crédito e fazer até mesmo uma previsibilidade da inadimplência na escola. Foi aí que começamos a, de fato, fintechizar a Minha Escola”, afirma Nunes.

A empresa também criou um assistente virtual com IA, que permite renegociar mensalidades em atraso via aplicativo, sem que os pais precisem interagir diretamente com a escola. A funcionalidade elevou as taxas de regularização e reduziu constrangimentos nas conversas sobre dívidas.

Do crédito ao seguro educacional: o próximo passo

O plano da fintech é se transformar em um banco digital completo, com produtos voltados às escolas e às famílias. A próxima etapa será o lançamento de um seguro educacional para casos de perda de renda. “Se o pai perder o emprego, por exemplo, o seguro cobre até três meses de mensalidade”, explica Nunes.

Durante o programa de aceleração, a startup também firmou parceria com a Yolo Bank, fintech especializada em universitários, para integrar Pix, boletos e Bolepix conectando toda a jornada financeira, da educação básica à graduação.

Com mais de 1,2 milhão de usuários e crescimento de 120% no faturamento após o Impulsiona, a Minha Escola se prepara para escalar seu modelo de negócio.

“Quando uma escola de bairro consegue se manter saudável financeiramente, toda a comunidade em torno dela cresce junto. Fortalecer a educação básica é uma forma direta de transformar o país”, diz o fundador.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.