
O Lloyds Banking Group confirmou a compra da fintech Curve, com sede em Londres, mas o negócio, longe de ser apenas estratégico, veio cercado de polêmicas. A aquisição deve ser finalizada até o primeiro semestre de 2026, mas o valor estimado da transação, próximo de £120 milhões, ficou bem abaixo do esperado.
A Curve havia captado cerca de £250 milhões desde sua fundação. O preço sugerido levantou questionamentos entre investidores e gestores, com críticas à falta de transparência, retorno limitado e falhas de governança, segundo o “Finextra”.
Fintech oferece carteira digital multifuncional
A Curve oferece uma carteira digital multifuncional que reúne todos os cartões e formas de pagamento em uma única plataforma, com recursos como cashback extra, controle de gastos, economia inteligente e até “remontagem” de compras passadas entre diferentes contas.
Mais do que a base de usuários, o Lloyds está de olho na infraestrutura de financiamento flexível que permite oferecer uma nova geração de contas bancárias, com débito, crédito, parcelamento e Open Banking unificados na mesma interface. A lógica é clara: plataforma acima do produto.
A nova disputa das super wallets
A aquisição também insere o Lloyds na disputa pelas chamadas super carteiras digitais, onde a experiência do usuário e o controle centralizado de finanças são diferenciais cada vez mais relevantes, especialmente num mercado europeu com consumidores bancarizados, mas pouco fidelizados.
Ainda que o valor da compra pareça modesto, a jogada pode reposicionar o banco em um mercado onde fintechs de wallet-first vinham ganhando vantagem. Mas o atrito com investidores da Curve pode deixar sequelas para quem aposta em crescimento rápido com capital de risco.