Foto: Reprodução
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Mais de 100 milhões de americanos dependem de open banking para usar carteiras digitais, apps de investimentos, plataformas de IA e ferramentas de gestão financeira. Agora, esse ecossistema está em disputa. Uma coalizão de fintechs enviou uma carta ao CFPB (Consumer Financial Protection Bureau) exigindo regras robustas que garantam o acesso livre aos dados financeiros dos consumidores, conforme previsto na seção 1033 da Lei Dodd-Frank.

A coalizão é formada por associações como a Financial Technology Association, Blockchain Association, Crypto Council for Innovation e entidades do varejo

A carta defende dois pontos principais: manter a definição ampla de “representante”, permitindo que o consumidor escolha livremente os serviços que acessam seus dados, e proibir a cobrança de taxas por parte dos bancos para liberar essas informações.

Segundo o grupo, limitar o acesso ou permitir cobranças favorece grandes bancos, sufoca a concorrência e ameaça o futuro de milhares de serviços digitais. “Essa é uma exigência legal, não uma sugestão”, diz o texto.

Open banking é disputa de mercado e de futuro

O setor argumenta que a segurança já é garantida por APIs modernas e protocolos de autenticação. O que está em jogo agora é a liberdade do consumidor de escolher com quem compartilha seus dados e a capacidade das fintechs de competir de forma justa.

O documento alerta ainda para o risco de os EUA ficarem para trás em relação a países como Reino Unido, Brasil, Índia e UE, que já implementaram modelos de open banking mais avançados. A mensagem das fintechs ao CFPB é clara: proteger o consumidor também é garantir o direito de inovar.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.