
A fintech Trademaster, que atua há uma década no crédito corporativo para varejistas, acaba de passar por uma reestruturação societária. A gestora Jive está assumindo a participação que pertencia ao BV (antigo Banco Votorantim), que investiu R$ 100 milhões na empresa em 2021.
A operação representa a saída completa do BV da Trademaster. A entrada da Jive se dá por meio de seu fundo IV e reforça o apetite da gestora por ativos ligados à transformação do mercado de crédito, segundo o “O Globo”.
Com mais de R$ 35 bilhões transacionados para mais de 1 milhão de varejistas, a Trademaster vinha, nos últimos anos, buscando escalar sua operação com apoio de instituições como o BV e o Banco Sofisa. A nova composição acionária tende a abrir caminho para um modelo mais voltado à eficiência e expansão agressiva.
Nova fase no crédito corporativo
O movimento reforça o papel crescente das gestoras na reorganização do ecossistema de crédito. Enquanto bancos recuam de posições estratégicas em fintechs, veículos como os fundos da Jive avançam com foco em especialização e retorno de longo prazo.
Na prática, a Trademaster pode ganhar maior liberdade para inovar e escalar suas soluções de financiamento voltadas ao varejo, agora com o suporte de um investidor com track record em ativos alternativos.
A saída do BV, por outro lado, pode sinalizar uma reavaliação estratégica mais ampla dentro do banco em relação a participações diretas no segmento de fintechs de crédito. Com a Jive no comando, o mercado agora observa como a Trademaster vai reposicionar seu crescimento no cenário de 2026.