
A Kamino acaba de captar R$ 54 milhões em uma rodada co-liderada pelos fundos globais Flourish Ventures e Quona Capital. A fintech, que já movimentou mais de R$ 15 bilhões e atende mais de 2 mil empresas, mira agora um espaço mais estratégico: o topo da gestão financeira, de acordo com informações do “Startups”.
Fundada em 2021, a Kamino começou atendendo startups e negócios em estágio inicial. Mas foi no middle market — empresas médias que ainda operam com planilhas, ERPs engessados e processos bancários manuais — que encontrou um oceano azul. Agora, com novo capital e reforço institucional, a meta é clara: se tornar o centro de comando dos CFOs brasileiros.
Kamino e o plano de virar cérebro financeiro das PMEs
A proposta da Kamino é automatizar a operação, mas também elevar o nível da análise. A fintech já oferece soluções para rotinas como contas a pagar e conciliação bancária em tempo real, mas está avançando para produtos voltados à tomada de decisão: projeções de fluxo de caixa, leitura de desempenho e sugestões estratégicas baseadas em dados.
Com o novo aporte, a startup totaliza mais de R$ 108 milhões captados e amplia seu roadmap. A Endeavor Catalyst entrou no captable, e os fundos líderes da rodada já atuam ativamente no desenho da expansão.
Segundo o CEO Gonzalo Parejo, o foco permanece no Brasil, onde estima existir 1 milhão de empresas médias com potencial de aderência à plataforma. A meta é alcançar R$ 60 milhões em receita recorrente anual até 2026.
A Kamino quer ser o cockpit digital do CFO, um sistema operacional que integra, analisa e direciona. Se conquistar esse espaço, entra de vez na disputa pelos bastidores mais estratégicos da nova economia.
Enquanto o hype corre atrás de unicórnios, a Kamino aposta em algo menos sexy, mas muito mais relevante: tirar o CFO do Excel.