
A Klarna está prestes a romper uma barreira simbólica: faturar US$ 1 bilhão em um único trimestre. A projeção foi feita pelo próprio CEO, Sebastian Siemiatkowski, após a empresa reportar um terceiro trimestre recorde, com receita de US$ 903 milhões e crescimento de 26% sobre o ano anterior.
Fundada na Suécia, a Klarna virou referência global no modelo “compre agora, pague depois”, mas agora, o que impulsiona a fintech é uma nova combinação: penetração nos EUA, adesão em massa ao seu cartão e ganhos de eficiência via IA.
Klarna vê receita subir nos EUA
Nos Estados Unidos, a Klarna viu a receita subir 51% e o volume de transações (GMV) crescer 43%. O novo Klarna Card, com foco em débito, já responde por 15% de todas as compras feitas na plataforma, com 4 milhões de cadastros em quatro meses.
Outro destaque é o programa Fair Financing, que permite parcelamentos mais longos e teve um salto de 244% no GMV só nos EUA. A estratégia mostra que a empresa está mirando além do público de impulso e passando a atender também compras maiores e recorrentes.
IA: menos gente, mais receita
A aposta em inteligência artificial tem sido um trunfo silencioso. Segundo a Klarna, a receita por funcionário triplicou em dois anos, enquanto os custos operacionais aumentaram apenas 2%. O modelo escalável começa a dar sinais de maturidade e de margem.
Mesmo com a defasagem contábil temporária, o CEO projeta que a margem de transação cresça mais de US$ 100 milhões no quarto trimestre. Ou seja: além de faturar o primeiro bilhão trimestral, a Klarna quer mostrar que dá lucro sem inchar.