Foto: Divulgação / Klarna
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A Klarna anunciou nesta terça-feira (9) a expansão de sua parceria com a Apple, tornando seus serviços de pagamento parcelado disponíveis via Apple Pay na França e na Itália. Com isso, a funcionalidade passa a estar presente em oito grandes mercados, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Suécia, Dinamarca e Espanha.

A aposta da fintech sueca é clara: transformar o parcelamento em uma etapa natural do processo de compra digital. “Estamos oferecendo aos usuários uma forma de escolher o plano de pagamento que melhor se adapta às suas necessidades, tudo dentro da experiência do Apple Pay que eles já conhecem e adoram”, afirmou Sebastian Siemiatkowski, CEO da Klarna, segundo o “PYMNTS”.

A expansão acontece em um momento de maior adesão global às opções de “compre agora, pague depois” (BNPL, na sigla em inglês), principalmente entre consumidores mais jovens e com maior renda. Uma pesquisa recente mostrou que famílias com renda anual superior a US$ 100 mil têm 71% mais chance de usar BNPL do que as de menor renda, o que revela que o recurso não se limita mais a públicos em busca de alívio orçamentário, mas é usado também como ferramenta estratégica de controle financeiro.

O mesmo estudo também identificou que o parcelamento está sendo utilizado tanto para compras essenciais quanto para itens de desejo, com um ticket médio acima de US$ 1.000 nos três meses analisados. A prática vem acompanhada de uma redução no uso exclusivo do cartão de crédito como ferramenta de financiamento.

Klarna e Apple consolidam novo modelo de consumo

Ao integrar seus serviços diretamente ao Apple Pay, a Klarna fortalece a proposta de um modelo de consumo mais flexível e sem fricção. Os consumidores podem finalizar compras digitais com poucos cliques e escolher como pagar, seja à vista, em 30 dias, em três parcelas sem juros ou com financiamento estendido, dependendo do país e da compra.

A experiência, segundo a fintech, é pensada para ser simples, rápida e integrada, eliminando etapas burocráticas e aumentando as taxas de conversão para os varejistas parceiros. “Essa parceria nos permite escalar um modelo de crédito mais transparente e alinhado com o comportamento digital do consumidor”, disse Siemiatkowski.

Com a adição de França e Itália, a Klarna sinaliza que vê espaço para o BNPL crescer mesmo em mercados bancários maduros. A expectativa é que, à medida que carteiras digitais se tornem padrão, o parcelamento deixe de ser uma exceção para virar funcionalidade nativa — algo que redefine o futuro dos pagamentos no varejo global.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.