Klarna
Foto: Reprodução / LinkedIn

A Klarna registrou receita de US$ 903 milhões no segundo trimestre de 2025, acima da estimativa média dos analistas, e agora mira um salto ainda maior com o lançamento de sua própria stablecoin, a KlarnaUSD. A combinação de resultados financeiros fortes e aposta em ativos digitais sinaliza uma reestruturação ambiciosa da empresa no pós‑IPO.

Apesar da instabilidade comum ao período pós‑abertura de capital, a Klarna conseguiu entregar performance superior: a receita superou a projeção de US$ 882 milhões, mostrando que seu modelo de “buy now, pay later” (BNPL) e financiamento baseado em dados ainda tem tração entre consumidores e comerciantes, segundo o “Startups“.

Com base nesses resultados, a empresa projetou para o próximo trimestre uma receita de cerca de US$ 1,07 bilhão, reforçando a confiança de que o crescimento vai se sustentar, mesmo com a concorrência acirrada de empresas tradicionais e digitais.

Do crédito ao cripto: KlarnaUSD

Mas a novidade mais marcante é o anúncio da KlarnaUSD: uma stablecoin lastreada em dólar que será emitida na blockchain Tempo, desenvolvida pela Stripe em parceria com a Paradigm. A intenção é usar o novo ativo para pagamentos globais e transações transfronteiriças, reduzindo custos e dependência de sistemas bancários tradicionais.

A emissão da stablecoin marca uma guinada estratégica para a Klarna. Até então, a empresa mantinha distância do universo cripto, a novidade indica que ela agora pretende integrar o universo de criptomoedas com sua base global de usuários e experiência em pagamentos digitais.

Oportunidades e desafios pela frente

Com a stablecoin, a Klarna pode oferecer uma alternativa mais eficiente para remessas, pagamentos internacionais e liquidações imediatas, o que pode melhorar experiência de usuários e comerciantes. Para o setor de fintechs, a aposta representa uma convergência cada vez maior entre finanças tradicionais e Web3.

Porém, a transição ao mercado digital envolve riscos: adoção regulatória, confiança dos usuários e volatilidade de mercado ainda são desafios. O sucesso dependerá da capacidade da Klarna de equilibrar inovação, governança e experiência do usuário.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.