Foto: Reprodução
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O Mercado Pago apresentou um assistente pessoal com inteligência artificial para seus usuários, reforçando o reposicionamento do grupo MELI como uma empresa de tecnologia antes de fintech ou e‑commerce. A novidade foi anunciada com declarações de André Chaves, vice‑presidente sênior do Mercado Pago no Brasil.

Chaves revelou que o Mercado Pago já conta com 650 profissionais focados em IA e que 90 % dos colaboradores usam a tecnologia em suas rotinas. “A gente usava IA antes de ser hype, mas na época chamávamos de machine learning. O grupo é de fato empresa de tecnologia antes de e‑commerce ou fintech”, disse ele, segundo o “Startups”.

A versão inicial do assistente já oferecerá 60 funcionalidades, utilizáveis por texto ou voz. Entre elas: consulta de saldo, pagamentos, transferências via Pix e depósitos programados em “Cofrinhos”. “Hoje, se eu digo: ‘faz um Pix para a Fran’, ele já entende que é aquela pessoa, sabe o valor, para qual conta enviar.”

O agente foi treinado no ecossistema do Mercado Pago e será lançado primeiro no Brasil, com expansão planejada para outros países onde o grupo atua, como Argentina, México e Colômbia. A tecnologia foi feita para evoluir com hábitos do usuário, tornando-se cada vez mais personalizada em função do perfil individual.

Para André Chaves, a nova fronteira das fintechs não é mais apenas acesso aos serviços bancários, mas assessorar o cliente no uso do dinheiro — algo historicamente reservado à alta renda. Com isso, o assistente surge como instrumento de inclusão funcional mais do que tecnológica.

Open Banking no roadmap do Mercado Pago

No roadmap do Mercado Pago está o uso de open banking para permitir que o assistente acesse informações em outros bancos e organize toda a vida financeira do usuário. A meta é disponibilizar o agente para 100% da base de usuários, transformando o app em plataforma inteligente de finanças pessoais.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.