Foto: Divulgação
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O Nubank deu o primeiro passo oficial para entrar no sistema financeiro dos Estados Unidos. A empresa brasileira, que já soma 123 milhões de clientes no Brasil, México e Colômbia, solicitou uma licença ao Gabinete do Controlador da Moeda (OCC) para operar como banco nacional em solo americano.

A movimentação acontece enquanto a empresa reforça sua presença local: Cristina Junqueira, cofundadora e diretora de crescimento da Nu Holdings, agora atua em tempo integral nos EUA, onde lidera a operação emergente.

Nubank mira os EUA com IA e estratégia global

O pedido de licença não significa uma saída da América Latina. Segundo David Vélez, fundador e CEO, o foco ainda está nos mercados atuais. Mas a ideia é clara: posicionar o Nubank como uma opção relevante também para clientes nos Estados Unidos, tanto os que já usam o banco quanto um público novo com dores financeiras semelhantes.

A estratégia se conecta com a chamada “Estratégia de Três Atos” da companhia: dominar a América Latina, expandir para outros setores além dos serviços financeiros e, por fim, tornar-se um modelo global de banco digital orientado por inteligência artificial.

Expansão regulatória e executiva em andamento

No México, o Nubank já obteve autorização para se tornar banco, faltando apenas o sinal verde operacional. A nomeação de Armando Herrera como CEO do Nu México, em setembro, reforça a aposta em talentos com experiência em FinTech para escalar as operações.

Nos EUA, a jogada é diferente: com um mercado altamente competitivo e regulado, o banco aposta na proximidade com reguladores e na construção de uma proposta de valor diferenciada. A mudança de Junqueira para os EUA é um indicativo de que a entrada será feita com foco, cautela e intenção de longo prazo.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.