
O setor de fintechs brasileiras listadas na bolsa viveu um trimestre de forte expansão. Nubank, XP, Stone, PagBank e Inter somaram R$ 7,15 bilhões em lucro líquido entre julho e setembro de 2025, um salto de 27% na comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo o “Finsiders“.
O grande destaque foi o Nubank, com lucro líquido de US$ 783 milhões (cerca de R$ 4,27 bilhões), o equivalente a 60% do resultado consolidado das cinco companhias. A fintech também atingiu a marca de 127 milhões de clientes ativos, com um ROE recorde de 31%.
Fintechs ampliam receita e carteira de crédito
A XP fechou o trimestre com lucro de R$ 1,33 bilhão e receita líquida de R$ 4,7 bilhões. A gestora atingiu R$ 1,4 trilhão em ativos sob custódia e destacou o crescimento de 33% em sua carteira de crédito, que chegou a R$ 67 bilhões.
Já a Stone reportou R$ 641,5 milhões em lucro líquido, aumento de 13% em um ano, com avanço em receitas, base de clientes e volume de crédito para MPMEs. A empresa destacou um crescimento de 149% na carteira de crédito da vertical de banking.
No PagBank, o resultado foi estável: lucro de R$ 571,5 milhões. A empresa viu a carteira de crédito avançar 30%, somando R$ 4,2 bilhões, com destaque para capital de giro a PMEs. Com mais de 33 milhões de clientes, a fintech reforçou seu foco em IA e eficiência.
O Inter também brilhou: lucro de R$ 336,3 milhões (+39%) e expansão de 30% na carteira de crédito, que somou R$ 43,8 bilhões. O destaque foi o consignado privado, que atingiu R$ 1,3 bilhão em concessões. A empresa mira 60 milhões de clientes e ROE de 30%.
Mercado digital em nova fase
Os resultados mostram que as fintechs brasileiras evoluíram de startups promissoras para plataformas financeiras robustas. A rentabilidade crescente, aliada ao controle de inadimplência e eficiência operacional, mostra maturidade e potencial de longo prazo.
Mas o desafio é manter o ritmo. A concorrência aumenta, e o mercado exige mais inovação, monetização inteligente e respostas rápidas ao cenário econômico. O 3º trimestre sinaliza que as fintechs já jogam no mesmo campo, e com a mesma ambição, que os grandes bancos.