A fintech brasileira PagBrasil, conhecida por sua atuação com o Pix Internacional, alcançou um novo marco ao obter autorização do Banco Central do Brasil para operar no mercado de câmbio. A decisão abre caminho para que a empresa acelere sua expansão internacional, reduza spreads e desenvolva soluções de pagamentos transfronteiriços mais robustas.
Com a nova licença, a PagBrasil deixa de atuar apenas como provedora de pagamento digital e ganha mandato regulatório para “mover” valores entre moedas, um componente essencial para operações globais. A empresa planeja usar a autorização para reconstruir sua oferta de produtos em nível global, oferecendo, por exemplo, serviços de pagamento em reais convertidos automaticamente, saída e entrada de valores em múltiplas moedas e liquidação eficiente para e‑commerces que vendem internacionalmente.
PagBrasil amplia seu papel com câmbio e Pix Internacional
A PagBrasil já operava com foco em comércio eletrônico global e pagamentos de brasileiros no exterior via Pix. A aprovação para câmbio eleva seu escopo. O CEO ressaltou que essa licença é “um atestado de robustez” que permitirá criar novos produtos e crescer em novos mercados. A fintech afirma que isso facilita, por exemplo, saques ou pagamentos em moeda estrangeira com regras mais ágeis.
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Isso significa também que brasileiros que compram de lojas no exterior ou empresas que exportam terão uma alternativa mais direta à estrutura bancária tradicional, com menor custo e integração direta à infraestrutura de pagamentos instantâneos que a fintech já domina.
Implicações para o ecossistema de pagamentos
A medida reforça a importância crescente das fintechs no ecossistema financeiro globalizado. Empresas que começaram focadas no Brasil agora ganham licença para operar internacionalmente, conectando pagamentos em tempo real, diferentes moedas e novas geografias.
Para concorrentes e participantes do mercado, o movimento sinaliza que o futuro dos pagamentos vai cada vez mais exigir combinação entre métodos instantâneos domésticos (como o Pix) e operações internacionais (câmbio, liquidação global). A PagBrasil, ao obter autorização cambial, posiciona‑se no centro dessa convergência.
Editor-chefe
Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.
