
O open banking nos Estados Unidos ganhou um novo capítulo com o anúncio da renovação do acordo de compartilhamento de dados entre o JPMorgan Chase e a Plaid. A parceria, divulgada nesta segunda-feira (15), garante que milhões de clientes do maior banco americano sigam conectando suas contas a serviços digitais de forma segura, rápida e sem custo adicional.
O novo acordo estabelece uma estrutura de preços entre as empresas, mas sem impacto para os usuários finais. A Plaid reforçou que continuará defendendo o princípio de que os consumidores devem ter o direito de acessar e compartilhar seus próprios dados financeiros com quem escolherem.
A renovação do pacto encerra meses de tensão. Em julho, o JPMorgan havia anunciado que passaria a cobrar fintechs pelo acesso às informações bancárias de clientes, alegando sobrecarga em seus sistemas. Dados internos mostraram que apenas 13% das chamadas de API eram originadas pelos próprios clientes, enquanto o restante vinha de intermediários.
Além da Plaid, outras fintechs também se mobilizaram
A disputa acontece em paralelo ao debate do Consumer Financial Protection Bureau (CFPB) sobre a Regra 1033, que pode redefinir os direitos de acesso e compartilhamento de dados nos EUA.
Além da Plaid, outras fintechs também se mobilizaram. A Stripe defendeu que o regulador evite a cobrança de taxas, argumentando que isso poderia sufocar a inovação e prejudicar o mercado financeiro digital.
O desfecho da regulação promete redesenhar o equilíbrio entre inovação, infraestrutura bancária e direitos dos consumidores em um ecossistema cada vez mais dependente do open banking.