Foto: Divulgação
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A fintech mexicana Plata deu um salto de gigante. Com apenas um ano e meio de vida, a startup acaba de levantar US$ 250 milhões em uma rodada série B e atingiu uma avaliação de US$ 3,1 bilhões, tornando-se uma das empresas mais valiosas do ecossistema financeiro da América Latina.

Fundada por três ex-executivos do banco digital russo Tinkoff, a Plata nasceu com foco em oferecer serviços financeiros básicos, como cartões e pagamentos, para pessoas sem acesso a contas bancárias no México. Mas agora, com licença bancária completa obtida em dezembro de 2024, a fintech está pronta para operar como um banco de fato.

Plata mira o mercado desbancarizado

O México tem uma das maiores populações desbancarizadas do mundo: cerca de metade dos adultos ainda vive fora do sistema financeiro formal. É esse oceano azul que a Plata quer explorar.

A startup promete uma experiência bancária simples, acessível e 100% digital. O novo aporte, liderado por Kora Management, Moore Capital Management e TelevisaUnivision, será usado para financiar o lançamento em larga escala da operação bancária, uma nova fase na trajetória da empresa.

Em março deste ano, a fintech já havia captado US$ 160 milhões em uma rodada série A. Ao todo, já são mais de US$ 1 bilhão levantados por meio de capital próprio e financiamento via dívida, segundo o “Finextra”.

Do stealth ao super app

A Plata surgiu em modo discreto, mas não demorou a ganhar força. O modelo lembra o de outras fintechs bem-sucedidas: app leve, UX direta e foco total na inclusão financeira.

Com a nova licença, a ambição é crescer para além das bordas mexicanas. Mas, por enquanto, a meta é clara: consolidar a base de clientes no país e transformar a Plata em um banco completo para quem nunca teve banco.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.