Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A Revolut acaba de oficializar sua entrada no sistema bancário mexicano. A fintech global, que já soma mais de 65 milhões de clientes no mundo, recebeu o aval do regulador local para atuar como Instituição de Banca Múltipla, uma licença que permite oferecer uma gama completa de produtos financeiros com a proteção do sistema estatal de garantia de depósitos.

Com isso, a empresa passa a operar como banco regulamentado no México, marcando um avanço estratégico em sua expansão nas Américas. Segundo a Revolut, o aplicativo já foi adaptado para atender clientes mexicanos dentro e fora do país. O CEO local, Juan Miguel Guerra, afirmou que esse é apenas o começo e que novos produtos serão lançados em breve para consolidar a oferta em um só lugar, segundo o “Startups”.

Revolut acelera expansão e desafia o Nubank

A chegada da Revolut ao México não é só mais um movimento de internacionalização, é também um passo direto na rota de colisão com o Nubank. A fintech brasileira, líder em clientes na América Latina, já atua no país e vem ampliando sua base no território mexicano.

Agora, as duas disputam mercado em pelo menos três frentes: México, Brasil e, em breve, Estados Unidos. O Nubank já pediu licença para operar como banco nacional nos EUA, enquanto a Revolut avalia adquirir uma instituição local ou solicitar sua própria licença. A rivalidade é global, mas com efeitos concretos em mercados locais.

Com modelos digitais nativos e ambição de escalar rapidamente, Revolut e Nubank compartilham o mesmo objetivo: dominar a nova geração de serviços financeiros. Mas diferem na estratégia. Enquanto o Nubank avança com foco regional, a Revolut aposta na construção de uma infraestrutura bancária global, com operações simultâneas em vários países.

Impacto regional e nova dinâmica competitiva

Além do México, a Revolut já atua no Brasil, onde mantém operações e contratações em expansão. Também tem movimentos em andamento na Colômbia e Argentina. O plano é criar uma rede bancária digital integrada, regulamentada e com alcance continental.

A entrada oficial no México amplia a pressão sobre bancos tradicionais e desafia fintechs locais a se reposicionarem. Para o consumidor, a expectativa é de mais inovação, mais competição e ofertas mais amplas em um só aplicativo. Para o mercado, o sinal é claro: o jogo da próxima década será disputado por quem tiver escala, regulação e agilidade, tudo ao mesmo tempo.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.