
A wehandle acaba de levantar R$ 36 milhões em uma rodada Seed liderada pela Canary, com participação de fundos como ONEVC, Valutia, Blustone e Quartzo. O objetivo é ambicioso: se tornar a principal infraestrutura de gestão de terceiros nas grandes corporações e, no futuro, em toda a América Latina.
Fundada em 2020, a startup já atende empresas como Globo, Unilever, Klabin, DHL e Coca-Cola. Seu software automatiza etapas críticas do relacionamento com fornecedores terceirizados, como homologação, verificação de documentos, compliance regulatório e gestão de riscos — tarefas que, em muitas companhias, ainda exigem times inteiros ou consultorias especializadas.
wehandle acelera onde as consultorias travam
Segundo Rodrigo Faustini, CEO e cofundador da wehandle, o foco é resolver uma dor estrutural do mercado: a lentidão e o custo do compliance. “Uma análise que normalmente leva 60 dias, com a wehandle pode ser entregue em até 48 horas. Em muitos casos, nossos clientes recebem a análise em três horas”, diz.
A startup usa inteligência artificial para cruzar dados públicos e privados, incluindo certidões, processos judiciais, registros do Ibama e documentos trabalhistas. O objetivo é garantir que as empresas cumpram normas de ESG e evitem riscos reputacionais associados a fornecedores problemáticos.
Com a nova rodada, a wehandle vai reforçar sua presença no Brasil e iniciar a operação no Chile, que servirá como laboratório para a expansão regional. Segundo Faustini, o primeiro cheque, recebido em 2021, ajudou a provar o Product-Market Fit. Agora, a missão é acelerar o go-to-market e consolidar sua posição como camada crítica no backoffice corporativo.
Compliance pode não ser sexy, mas é onde estão os maiores riscos. E quem automatiza o risco, ganha o comando.
Com informações do “Startups”.