
A Amazon acaba de apertar o botão de avanço na corrida da IA. Com a chegada da nova Alexa+, a big tech coloca sua assistente em modo agente completo, capaz de executar tarefas complexas de forma autônoma, navegar em sites, preencher formulários e operar como uma verdadeira extensão inteligente do usuário.
A reformulação da Alexa não é só estética. Ela marca a entrada da Amazon no território da IA agente, modelo que vai além dos prompts e responde com iniciativa. O sistema foi reconstruído com apoio de múltiplos times internos (AWS, Dispositivos, AGI), e passou a integrar diversos modelos de linguagem com coordenação em tempo real, tudo isso sobre a plataforma Bedrock.
Amazon vai do “ok Alexa” à automação total
Com o novo módulo Nova Act, a Alexa+ agora consegue interagir com sites mesmo sem APIs disponíveis ou seja, ela simula a navegação humana. Preenche campos, clica em botões, interpreta contextos. É como colocar uma pessoa virtual para operar no seu lugar.
E a ambição é ainda maior: a Amazon quer transformar a Alexa+ em uma “assistente ambiente”, operando nos bastidores, conectando serviços e dispositivos de forma contínua. Mas ela não está sozinha.
Na mesma semana, a chinesa ZTE apresentou, em parceria com a ByteDance, o Nubia M153, protótipo de smartphone com IA totalmente autônoma. O modelo integra o sistema Doubao diretamente ao sistema operacional, com raciocínio na nuvem e execução local, capaz de gerenciar aplicativos, pagamentos, reservas e até robôs de entrega.
A era dos agentes começou
O que está emergindo é um novo tipo de infraestrutura digital: IA com iniciativa própria. Segundo a Gartner, até 2028, um terço dos apps corporativos terá componentes agéticos. E na saúde, por exemplo, já há agentes que coordenam operações clínicas, identificam pacientes elegíveis para ensaios, submetem reembolsos a seguradoras e oferecem suporte automatizado ao paciente.
A disputa agora não é só por dados, é por decisão e execução. E, ao que tudo indica, o próximo salto não virá só do Vale do Silício.