
A Google apresentou o Private AI Compute, novo sistema de computação que permite aos modelos da família Gemini processarem dados sensíveis na nuvem sem abrir mão da privacidade. A promessa é clara: nem mesmo as equipes do Google conseguem acessar as informações manipuladas.
A novidade inaugura uma nova era na infraestrutura de IA, uma que responde às exigências de sigilo, regulação e controle de dados de setores críticos como finanças, saúde e varejo, segundo o “PYMNTS”.
Empresas há anos enfrentam o dilema entre usar IA local, com mais controle, porém menos potência, e IA em nuvem mais escalável, mas com riscos de exposição. O Private AI Compute tenta solucionar esse impasse ao aproximar o processamento dos dados de origem, em servidores dedicados com isolamento de hardware e validação remota.
Recursos como transcrição, sumarização e assistência por IA já estão ativos em dispositivos Pixel, e devem ser expandidos para o ambiente corporativo.
Movimento da Google
O movimento ocorre em um momento de atenção crescente de reguladores. Órgãos como o Financial Stability Board e o BIS alertaram sobre riscos de concentração de provedores de IA e vazamento de dados em serviços terceirizados. A Google não abordou diretamente essas preocupações, mas com sua nova arquitetura, sinaliza que ambientes de IA mais seguros e auditáveis são viáveis e, em breve, necessários.
A computação de IA privada pode ser a próxima fronteira para grandes modelos de linguagem em setores regulados. O exemplo da Apple com o Private Cloud Compute mostra que o caminho está sendo trilhado. Agora, com o Private AI Compute, o Google reforça que privacidade e desempenho não precisam mais andar em lados opostos.