
A inteligência artificial está assumindo um novo papel nos serviços financeiros: o de cérebro das interações. Muito além de automação, a IA agora interpreta, responde e atua, tornando as interfaces bancárias verdadeiramente inteligentes.
Essa virada ganhou força com dois movimentos recentes. Na Índia, o sistema UPI, equivalente ao Pix, iniciou um piloto que permite realizar transferências por linguagem natural diretamente via ChatGPT, com autenticação contextual e liquidação integrada. Já na Europa, um banco lançou um framework de IA agentiva combinando LLMs e motores determinísticos para criar rastreabilidade nas interações com os clientes.
IA nos canais financeiros
No Brasil, esse novo paradigma começa a se materializar com o Santander. A instituição já iniciou o rollout do OneApp, sua plataforma global de mobile banking, que traz uma proposta conversacional, multibanco e nativamente integrada ao Open Finance.
A estratégia parte de uma visão clara: os canais digitais deixaram de ser meros pontos de contato. Com IA como camada cognitiva, eles se tornam motores de relacionamento, contexto e recomendação, transformando experiências operacionais em relacionais.
A nova lógica se baseia em multicanalidade inteligente e personalização profunda. Em vez de jornadas genéricas, cada cliente passa a interagir com um sistema capaz de compreender suas intenções, antecipar necessidades e agir com autonomia regulada.
O Santander resume esse avanço como “um movimento para conectar tecnologia, negócio e propósito, com experiências abertas e centradas no humano”. No centro, está o cliente. Ao redor, uma arquitetura onde IA não é mais um canal, é o cérebro que faz tudo pensar.