
O CEO do Bank of America, Brian Moynihan, afirmou que a inteligência artificial (IA) não é mais experimental no banco, pois ela está integrada às operações cotidianas e moldando o futuro da instituição, segundo informações do “PYMNTS”.
Ele relatou que o banco investirá cerca de US$ 13 bilhões em tecnologia neste ano, dos quais US$ 4 bilhões estão destinados a “iniciativas de código”. Estudos internos já suspeitam que a digitalização e a IA vão redefinir quase metade das funções bancárias até 2030.
IA e escala operacional
Segundo Moynihan, as décadas anteriores de investimento em digitalização criaram a base para que a IA e a automação atravessassem todas as áreas do banco, do serviço ao consumidor à análise de risco, subscrição e processos corporativos. A assistente virtual Erica, por exemplo, já tratou bilhões de interações e agora serve como modelo de plataforma digital em larga escala.
Ele enfatizou que essas ferramentas “não são aplicações teóricas que você lê na imprensa”, mas sim sistemas em produção que ajudam a personalizar a experiência do cliente, otimizar processos e economizar capital humano. Essa estratégia coloca a tecnologia como vantagem competitiva, tanto para clientes quanto para acionistas.
O que isso significa para o setor
Essa abordagem demonstra que os grandes bancos estão migrando de “experimentação” para uma fase de implantação em escala da IA. A liquidação de tarefas rotineiras, a automação de workflows e a personalização em tempo real são agora parte central da estratégia.
Para instituições menores ou fintechs, o desafio será acompanhar o ritmo e demonstrar que podem competir ou colaborar num ambiente em que a IA passa a ser foco estratégico. Além disso, a transformação exige governança de dados, transparência e abordagem ética, já que o impacto vai muito além da tecnologia em si.