Foto: Canva / Reprodução / Startups
Foto: Canva / Reprodução / Startups

A inteligência artificial (IA) não é mais só promessa, virou motor real de valorização no mundo das startups. Dados do Crunchbase revelam que o valor combinado das empresas avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais ultrapassou a cifra de US$ 6 trilhões em agosto de 2025. Em apenas 18 meses, o mercado saltou de US$ 5 trilhões para o novo patamar.

O que impulsiona esse salto? A resposta está em empresas com foco forte em IA. Exemplos destacados incluem a OpenAI, avaliada em cerca de US$ 500 bilhões, e a Anthropic, que subiu aproximadamente US$ 120 bilhões em apenas seis meses.

Foi justamente esse ecossistema de IA que fez com que o topo do ranking de unicórnios se transformasse, mais do que novas empresas entrando, o destaque são as valorizações explosivas das já existentes, de acordo com informações do “Startups“.

IA no centro da valorização dos unicórnios

É importante observar que a IA não atua de forma isolada: ela se integra a modelos de dados, infraestrutura digital e à capacidade de escalar rapidamente. Startups que dominam essa combinação têm ganhado vantagem competitiva e atraído otimização e capitais em escala, o que se reflete no valor de mercado.

Contudo, nem tudo são certezas. Alguns investidores acionaram o alarme: se por um lado os aportes cresceram, por outro, há o risco de “exuberância de IA”. No primeiro semestre de 2025, cerca de 51% de todo venture capital global foi direcionado para empresas ligadas à IA, o que acende o debate sobre sustentabilidade e ajustamento futuro.

A mudança de patamar tem implicações concretas. Valuations mais altos elevam a entrada de barreiras, reduzem espaço para erros e forçam uma nova lógica: agora, não basta crescer rápido, é preciso mostrar resultado, escala e retorno. Startups que promovem IA como diferencial enfrentam tanto oportunidades quanto expectativas elevadas.

Para o Brasil e mercados emergentes, o recado é claro: o futuro das grandes startups depende da capacidade de explorar IA, dados e infraestrutura de forma estratégica. Não basta “ser tech”, é preciso transformar tecnologia em valor real, escalável e sustentável.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.