
A Inteligência Artificial definitivamente ocupa o espaço das decisões estratégicas das empresas. Apesar do hype de momentos passados, entramos numa nova fase em que se busca a profundidade dos impactos e como se reposicionar diante deste novo cenário.
É importante destravar que o verdadeiro potencial está quando a Estratégia, A Governança e a Tecnologia caminham juntas. No mercado, o segmento de finanças corporativas é onde percebemos progressos em que a IA deixa de ser uma promessa e já apresenta resultados mais concretos.
Análises com oportunidades de eficiência operacional, previsão de receitas, redução de custos, análises tributárias etc., têm contribuído para acelerar os processos decisórios diante da melhoria na profundidade e volume de dados na amostra da decisão.
Algumas empresas já operam seus fluxos financeiros mais complexos apoiando-se na IA, como por exemplo: conciliações bancárias, gestão de recebíveis, crédito e risco. A utilização de modelos preditivos para previsão de inadimplência baseado nos históricos e na sazonalidade e outros parâmetros de mercado já se encontram também em uso. Além de classificação e análise de documentos para despesas, notas fiscais, contratos etc. Isso mostra as possibilidades da IA neste segmento.
Obviamente muitas limitações ainda existem:
- Disponibilidade de dados
- Integração com sistemas legados
- Dependência da estrutura e qualidade dos dados
- Cuidado com vieses, generalização e condicionamento
- Dados históricos que geram limitações, erros e injustiças
- Dados mal distribuídos, por exemplo: concentração demográfica que podem gerar preconceito.
- Limitações operacionais podem criar rótulos e catálogos inadequados na captura de dados.
A definição de algoritmos também é um ponto bastante crítico, pois dependendo das finalidades devemos utilizar algoritmos e soluções especificas para melhor resolver a demanda em questão.
A governança de IA também se torna um ponto de atenção, onde podemos destacar os seguintes pontos:
- Adoção de Política, onde definimos critérios éticos onde definimos a aplicação ou não de modelos em determinadas circunstâncias.
- Estruturação de Comitê com profissionais de áreas diversas como Tecnologia, jurídico, riscos e negócios.
- Auditoria para validação dos modelos, fontes e trato dos dados, desempenho e rastreabilidade e um ponto que pode até ser considerado a parte é a Explicabilidade da aplicação e do modelo.
- Cultura e Treinamento, pois a capacitação dos profissionais depende de um ambiente engajado, focado em resultados, mas acima de tudo de aprendizado contínuo e de respeito as regras corporativas.
Entramos numa fase crítica para as corporações, onde a IA deve ser utilizada para gerar diferencial competitivo de mercado, muito além do olhar desconfiado do hype que passamos, mas acima de tudo evoluindo ou transformando a empresa e a sua proposta no mercado.
A potencial velocidade das transformações que iremos presenciar será a maior observada na história, onde serão testados os aspectos culturais dos países e blocos econômicas, em função do novo approach de mercado que nasce; ou seja, integrar IA na sua corporação direta ou indiretamente não é mais um SE, mas é uma decisão estratégica de COMO usar.