
A IBM anunciou uma nova parceria com a Anthropic para integrar o modelo de linguagem Claude ao seu portfólio de software corporativo. O movimento marca mais um passo da big tech na construção de uma infraestrutura de IA generativa voltada a empresas, combinando automação, segurança e compliance desde o desenvolvimento até a operação.
Segundo comunicado divulgado nesta terça-feira (7), a iniciativa pretende “oferecer ganhos de produtividade mensuráveis, com segurança e controle de custos integrados ao ciclo de vida do software”. O Claude será incorporado a soluções da IBM voltadas à modernização de sistemas, entre elas o novo ambiente de desenvolvimento integrado (IDE) da empresa, já disponível em versão prévia privada.
Nos testes iniciais, 6 mil usuários relataram aumento médio de 45% na produtividade, segundo informações do “PYMNTS”.
Anthropic celebra parceria
Para a Anthropic, a parceria reforça a visão de uma IA “em que as empresas possam confiar seus códigos, dados e operações diárias”, nas palavras de Mike Krieger, diretor de produtos da startup. O Claude, modelo de linguagem grande (LLM) da Anthropic, vem ganhando espaço no mercado corporativo por priorizar segurança, transparência e auditabilidade, requisitos críticos para grandes organizações.
A IBM, por sua vez, aposta no Claude para fortalecer sua estratégia de IA híbrida e regulada, integrando automação inteligente ao legado de governança de TI e compliance que a acompanha há décadas.
O avanço da IA empresarial
A parceria chega em um momento em que as companhias estão migrando da fase experimental para a adoção real de IA em escala. Segundo pesquisa da PYMNTS Intelligence, 82% dos CFOs já utilizam soluções de IA para otimizar custos, prever fluxo de caixa e reduzir riscos operacionais.
Mas a integração ainda enfrenta barreiras, como compatibilidade de sistemas, custos de implementação e falta de personalização, desafios que IBM e Anthropic afirmam querer resolver com a nova geração de ferramentas corporativas.
Com o Claude inserido no ecossistema IBM, a promessa é unir eficiência e conformidade, criando uma IA capaz de acelerar o desenvolvimento sem abrir mão da segurança.
A corrida da IA empresarial está deixando de ser sobre “quem tem o modelo mais poderoso” e se tornando uma disputa por quem consegue torná-lo realmente usável — e confiável — no dia a dia corporativo.