Foto: Reprodução
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O MCP (Model Context Protocol) está redefinindo o papel da inteligência artificial nas empresas. O protocolo aberto, lançado no final de 2024, permite que modelos de IA, como ChatGPT, Claude ou Gemini, se conectem com segurança a sistemas internos, bancos de dados e fluxos de trabalho, transformando‑se de assistentes passivos em agentes ativos que não apenas sugerem, mas executam.

MCP e aplicação corporativa

Na prática, o MCP fornece a camada que faltava para tornar a IA funcional no mundo real. Antes, conectar IA a aplicativos empresariais exigia integrações sob medida, demorada, cara e frágil. Com o MCP, uma arquitetura padrão composta de “host‑modelo de IA”, “cliente intermediário” e “servidor de dados/ferramentas” facilita essa conexão de forma rápida e segura. O resultado: a IA pode buscar dados em tempo real, atualizar registros e acionar processos aprovados por compliance.

Empresas pioneiras identificam no protocolo um salto. Por exemplo, o Walmart unificou dezenas de agentes isolados em quatro super‑agentes que usam MCP para interagir com fornecedores, clientes, funcionários e engenheiros, criando escala, governança e simplicidade.

Impactos no setor financeiro e além

Para instituições financeiras, o impacto do MCP é significativo. Ele permite que modelos de IA acessem bases de risco, dados regulatórios e sistemas de fraudes para executar tarefas, não apenas recomendar. Por exemplo: “Mostrar todas as transações acima de US$ 10.000 sinalizadas esta semana”, um comando que, com MCP, pode ser automaticamente executado via integração segura e auditável.

Analistas destacam que o protocolo estabelece triagem entre automação e ação. Enquanto técnicas como Retrieval‑Augmented Generation (RAG) ajudam a buscar e contextualizar dados, o MCP permite agir com base nesses dados. A consequência: eficiência operacional, redução de retrabalho, menor custo de integração e maior segurança no uso da IA.

Em resumo: o que antes era ferramenta de apoio virou executor ativo, a IA deixa de ser coadjuvante e assume papel de agente. E, com protocolos como o MCP, esse futuro já chegou. Com informações do “PYMNTS”.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.