O consumo de tokens pela OpenAI tornou‑se um dos indicadores mais reveladores da corrida por inteligência artificial. A empresa anunciou que sua plataforma de API está processando cerca de 6 bilhões de tokens por minuto, um salto de 20 vezes em dois anos.
A métrica, que representa o volume de dados processados por modelos de linguagem, é considerada uma proxy da tração de mercado. No segmento de IA voltado ao consumidor, a OpenAI afirma ter ultrapassado a marca de 800 milhões de usuários ativos semanais.
Enquanto isso, o Google também reporta números robustos: processa cerca de 1,3 quatrilhão de tokens por mês, considerando todos os seus produtos, como Gemini, AI Overviews e Google Cloud. Mas boa parte desse volume vem de usos indiretos ou corporativos.
OpenAI x Google
A análise do Barclays sugere que, no consumo direto por usuários finais, a OpenAI tem mais do que o dobro do volume da Gemini. Mas no campo empresarial, o jogo muda de mãos.
A Anthropic, rival da OpenAI, aparece liderando a participação em receita entre clientes corporativos. A empresa, que atende mais de 300 mil contas empresariais, deve atingir uma receita anualizada de US$ 9 bilhões até o fim de 2025, com expectativa de chegar a US$ 20 bilhões até 2026.
Além disso, o número de clientes que gastam acima de US$ 100 mil por ano cresceu quase sete vezes em 12 meses, consolidando a Anthropic como a líder em tokens de inferência no B2B.
Tokens, escala e vantagem competitiva
O volume de tokens não é apenas estatística: revela quem está vencendo a guerra da atenção, dos dados e da infraestrutura.
Mais tokens significam mais uso, mais aprendizado de máquina, mais pressão sobre a nuvem e mais espaço para monetização. Mas o mercado já entendeu que escala sem receita não sustenta vantagem por muito tempo.