US$ 300 bilhões

Oracle fecha contrato bilionário com OpenAI para infraestrutura de IA

Com acordo de US$ 300 bi, Oracle entra de vez no jogo da nuvem para IA e prepara megainvestimentos em energia, chips e data centers

Foto: Divulgação / Oracle
Foto: Divulgação / Oracle

A Oracle acaba de firmar um dos maiores contratos de tecnologia da história: um acordo de US$ 300 bilhões para fornecer infraestrutura de nuvem para a OpenAI. A parceria, com início previsto para 2027, garante capacidade computacional de longo prazo e sinaliza uma nova fase para a inteligência artificial: a era da infraestrutura.

O contrato é tão robusto que prevê 4,5 gigawatts de consumo elétrico, o equivalente a 4 milhões de residências nos EUA. Data centers serão construídos em cinco estados americanos, e a Oracle planeja gastar dezenas de bilhões em chips, ativando toda a cadeia de fornecimento, segundo o “PYMNTS”.

Oracle e OpenAI inauguram nova fase da IA

O acordo reflete um reposicionamento do mercado. A IA não é mais um tema de pesquisa ou apenas de lançamento de modelos: é uma questão de infraestrutura, com impacto direto em energia, hardware, financiamento e política industrial.

Para a OpenAI, garantir acesso à computação é estratégico. Em vez de lidar com escassez de chips ou congestionamento de data centers, a empresa fecha contratos de longo prazo, como governos fazem com fornecimento de energia. Isso dá previsibilidade e escala.

Para a Oracle, o movimento posiciona a companhia como player-chave num mercado dominado por Microsoft, Amazon e Google. Além da receita previsível, a exposição à OpenAI pode atrair outros clientes com necessidades intensivas em IA.

Esse tipo de compromisso de infraestrutura molda o futuro do mercado: cria demanda por semicondutores, atrai financiamento privado e define padrões de custo. Se hoje US$ 300 bi parecem excessivos, em breve podem ser o novo normal para competir em IA em escala global. Na nova fase da IA, quem controla a infraestrutura controla o jogo.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.