A Visa anunciou uma nova etapa em sua estratégia de pagamentos inteligentes ao apresentar o “Trusted Agent Protocol“, uma arquitetura voltada para garantir que agentes de inteligência artificial possam transacionar em nome de usuários com segurança e rastreabilidade.
No âmbito da suíte “Intelligent Commerce” da Visa, os agentes de IA já têm acesso a funcionalidades que vão além da simples automatização: tokenização de pagamentos, autenticação de usuários e sinais transacionais que permitem ao agente agir no lugar do cliente.
Com o novo protocolo, comerciantes poderão verificar se quem está interagindo é um agente autorizado ou um bot mal‑intencionado, por meio de assinaturas criptográficas específicas do agente. Esse movimento responde a uma explosão do tráfego gerado por IA em sites de varejo, que segundo dados da Visa e parceiros cresceu mais de 4.700% nos EUA.
Objetivo da Visa
O Trusted Agent Protocol foi desenhado para funcionar como uma solução aberta (open‑protocol) e de baixo código (low‑code) para comerciantes e provedores de checkout, ou seja: não exige que todo o sistema seja refeito para funcionar.
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Cada agente autorizado passa a apresentar credenciais que permitem que o comerciante identifique: a “intenção de compra” do agente, o consumidor por trás do agente e dados do pagamento. Com isso, a Visa pretende assegurar que os agentes não tornem‑se uma vulnerabilidade ou ponto de fraude.
O que isso significa para o mercado
A aprovação de agentes de IA como participantes legítimos das transações altera profundamente o modelo de venda online: o consumidor pode instruir o assistente virtual a buscar passagens, reservar hotéis ou comprar ingressos e o pagamento pode ser realizado com as credenciais Visa em milhões de estabelecimentos.
Para os comerciantes e emissores, isso representa novas oportunidades, mas também obriga a repensar segurança, credenciamento e experiência digital. O protocolo da Visa pode servir como padrão para todo o ecossistema global de comércio com agentes de IA.
Editor-chefe
Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.
