Reino Unido

Bancos britânicos testam depósitos tokenizados em libras

Com apoio do Santander e HSBC, piloto busca acelerar pagamentos e reduzir fraudes no Reino Unido

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

O sistema financeiro do Reino Unido está prestes a passar por um teste de modernização sem precedentes. Seis dos maiores bancos do país, entre eles HSBC, Santander, Barclays e Lloyds, participam de um projeto-piloto inédito para testar depósitos tokenizados em libras esterlinas, chamados de GBTD (GBP Tokenised Deposits).

A proposta é simples, mas poderosa: usar tecnologia de tokens para representar depósitos bancários tradicionais em uma rede digital segura, regulada e eficiente. Em outras palavras, uma versão tokenizada do dinheiro que já está na conta, sem abrir mão da confiança do sistema bancário convencional.

Depósitos tokenizados em testes reais

O piloto faz parte da Rede de Responsabilidade Regulada, uma infraestrutura criada para suportar o dinheiro do futuro, reunindo bancos comerciais, consultorias e reguladores. A operação ficará ativa até meados de 2025 e testará casos reais em três frentes:

  • Pagamentos P2P em marketplaces: mais segurança para compradores e vendedores.
  • Refinanciamento imobiliário: menos papelada, mais transparência.
  • Liquidação de ativos digitais: conexão direta entre dinheiro tokenizado e ativos digitais, sem fricção.

A iniciativa conta com o suporte técnico da Quant, da EY e do escritório Linklaters, e é vista como um passo importante rumo ao que o setor chama de “dinheiro inteligente” programável, seguro e nativo do ambiente digital.

A libra também quer ser digital

Diferente das stablecoins privadas ou das moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs), os depósitos tokenizados mantêm o respaldo direto dos bancos comerciais. Isso os torna mais próximos do cotidiano financeiro, mas com velocidade, automação e rastreabilidade de ponta.

“Estamos atualizando os depósitos bancários para o formato digital sem perder confiança e proteção”, afirma Ryan Hayward, do Barclays. Já o Santander destaca o papel desse modelo no futuro “multimoeda” da economia britânica, segundo o “Finextra”.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.