Foto: Divulgação
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A U.S. Bank e a Mastercard lançaram um novo cartão de crédito com modelo alternativo ao tradicional sistema de “compre agora, pague depois” (BNPL). O produto, chamado Split Card, transforma automaticamente cada compra feita em qualquer estabelecimento que aceite Mastercard em um plano de pagamento com três parcelas fixas e sem juros.

Para compras de US$ 100 ou mais, o titular pode optar por estender esse plano para seis ou doze meses mediante uma taxa mensal fixa. O cartão também não cobra anuidade e oferece benefícios típicos da bandeira na versão “World”.

Parcelamento automático no cartão

Segundo a U.S. Bank, o Split Card foi projetado para quem busca usabilidade de cartão de crédito tradicional, mas prefere a previsibilidade financeira dos pagamentos mensais fixos. “Temos algo que atende consumidores que querem simplicidade, escala, mas também consistência financeira”, afirmou um executivo da instituição, segundo o “PYMNTS”.

A novidade reflete a tendência crescente entre os consumidores mais jovens, a Geração Z e os millennials, que preferem dividir grandes compras em parcelas, evitando o crédito rotativo tradicional. Um relatório recente apontou que essa preferência já está se consolidando no mercado.

Por que isso importa

Essa iniciativa demonstra uma evolução do BNPL: de soluções isoladas no ponto de venda para integrações diretas no crédito de cartão, respaldadas por grandes bancos. A vantagem para o cartão é oferecer a familiaridade do plástico com menor risco de juros altos; para o consumidor, mais transparência e controle.

Para o setor financeiro e de pagamento, é um movimento estratégico: adaptar o modelo tradicional de crédito ao ecossistema digital de parcelamento, reduzir atrito para o usuário e manter competitividade frente às fintechs.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.