A uma semana de seu lançamento, um novo cartão de débito multiativos passa a operar no Reino Unido e na União Europeia, oferecendo a usuários a possibilidade de pagar com criptomoedas ou moedas tradicionais. A novidade marca um passo importante na convergência entre finanças digitais e cripto.
A plataforma de ativos digitais inaugurou o cartão de débito, batizado de Krak Card, com o objetivo de tornar criptomoedas tão utilizáveis quanto dinheiro convencional.
Com ele, o usuário pode escolher entre mais de 400 ativos diferentes armazenados em sua carteira, sejam criptomoedas ou moedas fiduciárias, e autorizar pagamentos com conversão automática no momento da compra.
O cartão funciona como um cartão Mastercard comum, aceito em lojas físicas, e‑commerce e caixas eletrônicos.
Além disso, o Krak Card oferece 1% de cashback em todas as compras, com a opção de receber o retorno em moeda tradicional ou em criptomoeda, conforme a preferência do usuário. A flexibilidade de escolha e a simplicidade de uso formam o pilar da proposta da plataforma.
Notícias Relacionadas
O que muda com o cartão
Com essa oferta, a plataforma mira não apenas entusiastas de cripto, mas também consumidores cotidianos que buscam alternativas modernas de pagamento. A proposta elimina a necessidade de conversões manuais ou transferências complexas: o sistema cuida de transformar o ativo no momento da transação, sem fricção para o usuário.
A adoção dessa modalidade em mercados regulados e estruturados como os do Reino Unido e da Europa é um teste de maturidade para a indústria: se a oferta ganhar escala, pode representar um salto para a integração entre o universo cripto e o sistema financeiro tradicional, com uso real de criptomoedas no consumo cotidiano.
Potencial e desafios na integração cripto‑tradicional
Apesar das facilidades, a adoção generalizada dependerá de alguns fatores: educação dos usuários sobre gestão de cripto e risco de volatilidade, infraestrutura de suporte em comércio e pagamentos e clareza regulatória nos países alcançados.
A conversão automática no ponto de venda é prática, mas transforma criptomoedas em moeda tradicional, o que pode reduzir parte do apelo ao investimento em cripto como reserva de valor, segundo o “Finextra”.
Ainda assim, o lançamento do Krak Card representa uma tendência forte: tornar a cripto parte da vida financeira cotidiana, não apenas um ativo de especulação. Se bem-sucedida, a iniciativa pode acelerar a aceitação de cripto como meio de pagamento viável e escalável.
Editor-chefe
Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.
