
O Deutsche Bank acaba de registrar sua primeira transação internacional em euros via blockchain, e não foi só um teste de laboratório. O pagamento foi feito usando a plataforma da Partior, uma rede interbancária descentralizada criada para liquidação em tempo real, com apoio de grandes bancos globais.
No experimento, o Deutsche Bank atuou como banco de liquidação e o DBS, maior credor do Sudeste Asiático e acionista fundador da Partior, como recebedor. O objetivo: provar que é possível integrar blockchains à infraestrutura financeira global sem sacrificar compliance, velocidade ou segurança, segundo o “Finextra”.
Deutsche Bank com liquidação real
Ao contrário de sistemas paralelos como stablecoins ou redes privadas isoladas, a proposta da Partior é funcionar dentro do sistema bancário, com integração aos trilhos tradicionais. Essa interoperabilidade foi o ponto central da transação: o euro tokenizado via blockchain foi liquidado cruzando infraestruturas distintas, sem fricção.
O Deutsche Bank já havia investido US$ 20 milhões na Partior no fim de 2023. Em maio deste ano, firmou acordo para oferecer liquidação em tempo real por meio da rede, mirando ganhos de eficiência, redução de custos e uma nova camada de experiência para clientes institucionais.
O futuro é multimodal
Para o Deutsche Bank, o futuro dos pagamentos internacionais não será binário — blockchain ou Swift — mas híbrido. “Prevemos um futuro com múltiplos trilhos: Swift, stablecoins e blockchain, onde o roteamento inteligente escolhe o melhor caminho para cada transação”, explica Ciaran Byrne, executivo do banco.
A transação com o DBS é, portanto, mais do que um marco técnico: é um sinal de maturidade do blockchain institucional, com bancos líderes testando (e financiando) soluções que até pouco tempo estavam restritas a whitepapers e labs de inovação.
 
 
 
											 
			
		 
			
		 
 
 
						 
 
 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		