Foto: Divulgação
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A IBM anunciou na segunda-feira (8) a aquisição da Confluent, startup especializada em infraestrutura de dados, por US$ 11 bilhões. O movimento fortalece a estratégia da big tech de consolidar sua posição nos mercados de IA e computação em nuvem.

Fundada na Califórnia por ex-engenheiros do LinkedIn, a Confluent é conhecida por desenvolver soluções que permitem o processamento de grandes volumes de dados em tempo real, uma base fundamental para o funcionamento de modelos de IA generativa e aplicações empresariais complexas.

“Juntas, a IBM e a Confluent permitirão que as empresas implementem IA generativa e agentes de forma mais rápida e eficaz”, afirmou o CEO da IBM, Arvind Krishna, em comunicado, segundo o “Startups“.

O que muda para o mercado de IA e nuvem

A transação será financiada com recursos próprios da IBM, segundo informações da agência “Reuters“. A expectativa da empresa é de que a aquisição contribua para os lucros ajustados já no primeiro ano completo após a conclusão, prevista para meados de 2026.

Nos últimos meses, a IBM vem intensificando sua estratégia de fusões e aquisições para acelerar a transformação digital de sua base de clientes corporativos. Desde 2024, a empresa já havia adquirido HashiCorp, Hakkoda e Bluetab, todas focadas em nuvem, dados ou IA.

O CEO da operação brasileira da companhia, Marcelo Braga, já havia sinalizado esse direcionamento durante o Zoox Data Revolution, em novembro. “A gente tem duas certezas na vida: um dia vamos deixar esse plano e vai sair a IA mais moderna essa semana”, brincou, ao destacar o ritmo acelerado de inovações no setor.

A aquisição também sinaliza uma disputa cada vez mais acirrada entre big techs por startups com tecnologias críticas para o futuro da IA corporativa. Desde outubro, as ações da Confluent subiram 44%, com o preço de aquisição representando um prêmio de 34% sobre o último fechamento.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.