
O Monzo está reavaliando seus planos de se tornar um banco nos Estados Unidos. Segundo o Financial Times, a fintech britânica considera um novo pedido de licença bancária nos EUA, após ter abandonado sua tentativa anterior em 2021 por falta de apoio do regulador local. A mudança de cenário regulatório e o avanço dos nativos digitais americanos reacenderam a ambição da empresa.
A decisão ainda está em análise, mas fontes próximas ao processo indicam que as chances de aprovação aumentaram após o relaxamento das diretrizes do OCC (Escritório do Controlador da Moeda) e da FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation). A empresa não comentou oficialmente sobre o movimento.
Tentativa do Monzo não é isolada
A nova tentativa do Monzo não é isolada. O crescimento de rivais como Revolut nos EUA acendeu o alerta: quem quiser disputar o coração da Geração Z, digital, autônoma e com renda crescente, precisa estar preparado para oferecer serviços bancários completos e locais.
A Revolut, por exemplo, lançou recentemente uma conta poupança de alto rendimento e também avalia obter licença, seja por meio de pedido direto ou aquisição de um banco americano.
O Monzo, por sua vez, já mantém operações em solo americano com contas conjuntas, cartões de débito e os chamados “Savings Jars”, ferramentas que oferecem controle financeiro em tempo real e foco em microgestão — recurso popular entre jovens adultos.
Fintechs europeias correm contra o tempo nos EUA
Com base de usuários consolidada na Europa, as fintechs correm para adaptar sua estrutura aos Estados Unidos. O Monzo já contratou um CEO com histórico em FinTech para liderar as operações locais e levantou capital com foco na expansão americana.
A corrida é por relevância, mas também por licenças. E o relógio está em contagem regressiva: os bancos digitais sabem que, sem aval regulatório, o crescimento nos EUA seguirá limitado e os consumidores mais jovens já estão escolhendo seus apps preferidos.