
A Financial Technology Association (FTA) lançou uma campanha nacional nos Estados Unidos para defender o open banking e mobilizar consumidores contra as tentativas dos grandes bancos de limitar o acesso a dados financeiros.
A ação, chamada #OpenBankingWeekofAction, busca reforçar o direito dos americanos de conectar suas contas bancárias a aplicativos e serviços financeiros de sua escolha, um princípio fundamental da economia digital moderna.
Segundo a FTA, mais de 100 milhões de pessoas já utilizam o compartilhamento seguro de dados para controlar gastos, investir ou realizar pagamentos. Mas os maiores bancos do país tentam enfraquecer a Regra de Open Banking da Seção 1033, proposta pelo Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), que protege o direito do consumidor de escolher onde e como compartilhar suas informações financeiras.
Open banking e a disputa por liberdade financeira
O debate central é sobre quem controla os dados financeiros: o consumidor ou os bancos.
Atualmente, o open banking permite que os usuários compartilhem suas informações com segurança e consentimento, sustentando o funcionamento de aplicativos de crédito, orçamento e pagamentos.
Mas, segundo a FTA, as grandes instituições querem poder cobrar taxas de acesso e limitar integrações com fintechs, o que reduziria a competição e elevaria custos.
Pesquisas mostram que 8 em cada 10 americanos se opõem a essas restrições, e 3 em cada 4 defendem o direito de compartilhar seus dados com segurança e liberdade.
Um movimento em defesa da inovação
A FTA alerta que enfraquecer o open banking pode fazer os EUA ficarem atrás de mercados como Reino Unido, Austrália e Singapura, onde o modelo já se consolidou como base de inovação financeira.
O CFPB está aceitando comentários públicos até 21 de outubro, e a entidade incentiva consumidores e empresas a se manifestarem.
“Não se trata apenas de tecnologia”, afirma a FTA. “Trata-se da liberdade de tomar decisões financeiras melhores para você e sua família.”