Foto: Reprodução / LinkedIn
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A Financial Technology Association (FTA) lançou uma campanha nacional nos Estados Unidos para defender o open banking e mobilizar consumidores contra as tentativas dos grandes bancos de limitar o acesso a dados financeiros.

A ação, chamada #OpenBankingWeekofAction, busca reforçar o direito dos americanos de conectar suas contas bancárias a aplicativos e serviços financeiros de sua escolha, um princípio fundamental da economia digital moderna.

Segundo a FTA, mais de 100 milhões de pessoas já utilizam o compartilhamento seguro de dados para controlar gastos, investir ou realizar pagamentos. Mas os maiores bancos do país tentam enfraquecer a Regra de Open Banking da Seção 1033, proposta pelo Consumer Financial Protection Bureau (CFPB), que protege o direito do consumidor de escolher onde e como compartilhar suas informações financeiras.

Open banking e a disputa por liberdade financeira

O debate central é sobre quem controla os dados financeiros: o consumidor ou os bancos.
Atualmente, o open banking permite que os usuários compartilhem suas informações com segurança e consentimento, sustentando o funcionamento de aplicativos de crédito, orçamento e pagamentos.

Mas, segundo a FTA, as grandes instituições querem poder cobrar taxas de acesso e limitar integrações com fintechs, o que reduziria a competição e elevaria custos.

Pesquisas mostram que 8 em cada 10 americanos se opõem a essas restrições, e 3 em cada 4 defendem o direito de compartilhar seus dados com segurança e liberdade.

Um movimento em defesa da inovação

A FTA alerta que enfraquecer o open banking pode fazer os EUA ficarem atrás de mercados como Reino Unido, Austrália e Singapura, onde o modelo já se consolidou como base de inovação financeira.

O CFPB está aceitando comentários públicos até 21 de outubro, e a entidade incentiva consumidores e empresas a se manifestarem.

“Não se trata apenas de tecnologia”, afirma a FTA. “Trata-se da liberdade de tomar decisões financeiras melhores para você e sua família.”

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.