Foto: Reprodução
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O avanço dos pagamentos A2A (account-to-account) acaba de ganhar tração com mais uma aquisição estratégica: a ACI Worldwide comprou a Payment Components, fornecedora europeia de tecnologia de open banking voltada a mensagens financeiras, APIs e infraestrutura para pagamentos diretos.

A operação marca um passo importante na consolidação de soluções integradas, onde liquidação, autenticação e prevenção de fraudes operam em tempo real e sem a necessidade de bandeiras de cartão.

De acordo com o “Finextra”, a tecnologia será incorporada ao ACI Connectic, unificando A2A, processamento e IA de segurança em uma única arquitetura.

Open banking como infraestrutura

A Payment Components atende mais de 65 instituições financeiras em 25 países, oferecendo conectividade bancária, gerenciamento de APIs e software para operações A2A. Ao adquirir a empresa, a ACI reforça sua aposta em um modelo que vai além da experiência do usuário: ela mira na infraestrutura que torna os pagamentos diretos viáveis, seguros e escaláveis.

Com o open banking amadurecendo em várias regiões, inclusive no Brasil, o movimento evidencia uma tendência global: pagamentos diretos e programáveis ganham relevância como alternativa aos modelos baseados em cartões.

O modelo A2A tende a oferecer menor custo de transação, liquidação instantânea e maior controle sobre os fluxos. Para os players que operam em múltiplos mercados, a missão agora é criar camadas unificadas de dados, segurança e liquidação, capazes de sustentar volumes altos com estabilidade.

Embora os termos financeiros da compra não tenham sido revelados, a mensagem é clara: o futuro dos pagamentos está se tornando cada vez mais integrado e cada vez menos dependente das estruturas tradicionais.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.