Fintech britânica

Revolut acelera para ser “Pix do mundo” e desafia Nubank

Com planos ambiciosos, Revolut mira 100 milhões de usuários até 2027 e amplia foco global com Brasil como peça-chave

Foto: Divulgação
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A Revolut colocou o pé no acelerador. A fintech britânica, que chegou ao Brasil em 2023 com conta internacional e cripto, agora quer mais: atingir 100 milhões de usuários no mundo até 2027, expandir para mais de 30 novos mercados até 2030 e consolidar sua posição como a principal plataforma financeira global. A meta foi anunciada junto à marca de 65 milhões de clientes ativos, sendo 12 milhões apenas no Reino Unido.

A ambição tem nome e referência: a Revolut quer ser o “Pix do mundo”. A proposta é permitir que transferências internacionais sejam tão rápidas e simples quanto um pagamento doméstico no Brasil. Segundo o “Startups”, o objetivo da empresa é criar uma malha global de envios instantâneos, de qualquer país para qualquer país, com segundos de latência e zero fricção.

Revolut amplia presença e aposta em efeito de rede global

Para sustentar o crescimento, a Revolut vai investir US$ 13 bilhões em cinco anos. Os recursos serão distribuídos entre mercados consolidados e regiões estratégicas, incluindo US$ 4 bilhões no Reino Unido, US$ 1,2 bilhão na França e US$ 500 milhões nos Estados Unidos. Parte do montante também será direcionado para acelerar a presença na América Latina, Ásia-Pacífico e Oriente Médio.

No Brasil, a fintech atua com licença de Sociedade de Crédito Direto, oferecendo serviços cross-border, Pix, boletos e pagamentos locais. Agora, prepara o terreno para virar banco múltiplo e lançar crédito, investimentos e o Revolut Business, que já movimenta mais de US$ 1 bilhão em receita anual no exterior.

A empresa também projeta estrear no México ainda este ano, com planos avançados para Colômbia e Argentina. A ideia é clara: enquanto o Nubank se consolida no Brasil com foco em crédito, a Revolut aposta em diversificação, leveza regulatória e presença global. Um modelo menos centrado em balanço e mais em rede.

Com a nova sede em Londres e um time com experiência em gigantes como Mercado Pago e o próprio Nubank, a Revolut quer desafiar o status quo. O campo de batalha agora é internacional e o jogo, cada vez mais global.

Gabriel Rios

Editor-chefe

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.

Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.