A Visa anunciou um pacote de lançamentos de carteiras digitais na Europa, além de um piloto previsto para o início de 2026, em um movimento que reforça sua aposta no futuro dos pagamentos móveis. A iniciativa chega num momento em que a digitalização se acelera e a demanda por experiências de pagamento mais ágeis e seguras cresce rapidamente.
Entre as novas implementações estão parcerias com grandes players: com o BBVA, na Espanha, para carteira digital integrada ao sistema de tokenização da Visa; com a fintech de pagamentos Klarna, lançando um serviço de pagamento por aproximação para iOS/Android; e com a plataforma nórdica Vipps, combinando sua carteira digital com a bandeira Visa.
Também foi anunciado um piloto para permitir que o sistema italiano Bancomat seja usado fora da Itália, com o objetivo de criar uma wallet internacional com pleno suporte a NFC e pagamento móvel.
Para a Visa Europe, essas iniciativas “dão mais opções, mais concorrência e mais inovação em carteiras digitais” no continente. A empresa aposta que essa combinação de tecnologia, parcerias e conveniência vai acelerar a adoção em massa.
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Dados da Visa
Os dados internos da Visa mostram que pagamentos móveis já representam 59% das transações de e‑commerce na Europa, e a previsão é que cheguem a 75% até 2030. Além disso, cerca de 32% dos europeus entrevistados afirmaram que planejam usar exclusivamente carteiras digitais para suas compras futuras.
Esse cenário favorece fortemente modelos como o da Visa, que correm para captar mercado em uma transição clara, do cartão físico ao pagamento por app, sem intermediários tradicionais.
Para empresas e consumidores, a expansão de carteiras digitais representa maior conveniência, segurança e velocidade. Para players tradicionais, significa a necessidade de adaptação rápida ou risco de perder relevância.
Com apostas ousadas, a Visa reforça sua estratégia de dominar o ecossistema digital de pagamentos, migrando de simples bandeira para provedor de wallet e vestindo a camisa da era pós‑plástico.
Editor-chefe
Formado em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia, também realizou o curso de Jornalismo Econômico do Estadão. Foi editor do BP Money e repórter do Bahia Notícias.
